A RELIGIOSIDADE DO ÍNDIO BRASILEIRO

28/05/2015 14:12

A RELIGIOSIDADE DO ÍNDIO BRASILEIRO

O contato
com  o branco desde a colonização e no
afã de propagar a religião católica, os portugueses, através dos jesuítas,
destruíram as crenças culturais do índio.

Os jesuítas
portugueses meteram goela abaixo do índio a cultura europeia com um deus branco
inventado por eles e uma porrada de santos e santas para adoração em detrimento
de suas divindades ligadas à natureza.

Foram
escravizados, catequizados, miscigenados,  dizimados e ainda perderam suas terras. Dos
milhões que aqui viviam, sobraram 350 mil. A dívida do branco civilizado para
com o índio brasileiro é alta e pesada demais.

As crenças
religiosas e supertições tinham um importante papel na cultura do índio
brasileiro.

Fetichistas,
os indígenas temiam ao mesmo tempo um bom deus - Tupã - e um espírito maligno,
tenebroso, vingativo - Anhangá, ao sul e Jurupari, ao norte. Algumas tribos
pareciam evoluir para a astrolatria, embora não possuíssem templos, adoravam o
Sol (Guaraci - mãe dos viventes) e a Lua (Jaci - nossa mãe).

O culto aos
mortos era rudimentar. Algumas tribos os incineravam, outras os devoravam e a
maioria, como não houvesse cemitérios, encerrava seus cadáveres na posição
fetal, em grandes potes de barros (igaçaras) com seus pertences, suspensos nos
tetos das cabanas abandonadas ou no interior de sambaquis. Os mortos eram
pranteados  obedecendo-se a uma
hierarquia. O comum dos mortais era chorado apenas por sua família; enquanto
que um grande guerreiro era chorado por toda a tribo.

Acreditavam
nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para esses deuses e
espíritos promoviam rituais, cerimônias e festas. Acreditavam na vida após a
morte.

Havia a
figura do pajé que era o sacerdote da tribo, conhecia todos os rituais,
recebendo mensagens das divindades espirituais. Ele também era o curandeiro,
pois conhecia todos os chás e ervas para curar doenças. O pajé é que fazia o
ritual da pajelança, onde evocava os deuses da floresta e os espíritos dos
ancestrais para ajudar na cura.

 Luís Leite, maio de
2015.



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