Socioambiental
DESERTIFICAÇÃO
Considera-se desertificação a redução da
vegetação e da capacidade produtiva do solo, principalmente em regiões áridas,
semiáridas e subúmidas, causada pela ação humana e, em menor grau por mudanças
naturais. Cerca de 15% da superfície terrestre sofre algum tipo de
desertificação. As áreas mais afetadas são o oeste da América do Sul, o
nordeste do Brasil, o norte e o sul da África, o Oriente Médio, a Ásia Central,
o noroeste da China, a Austrália e o sudoeste dos Estados Unidos.
O principal fator para a expansão
da desertificação no globo é a ação do homem, por meio do desmatamento, da
agropecuária predatória e de certos tipos de mineração. Essas atividades levam
à redução da cobertura vegetal, ao surgimento de terrenos arenosos, à perda de
água no subsolo e à erosão eólica.
Quando o solo se desertifica, a população busca outras terras, nas
quais, com frequência, provoca os mesmos danos. Atualmente, ela ameaça mais de
110 países e afeta a vida de mais de 250 milhões de pessoas. Um bilhão delas
vivem em regiões de risco.
Para deter a expansão da desertificação, adotam-se reflorestamento,
rotação de culturas e técnicas de controle de movimento das dunas de areia.
No Brasil, além do Nordeste (Polígono das Secas), os exemplos mais
sérios de desertificação são os pampas gaúchos, o cerrado de Tocantins e o
norte de Mato Grosso.
Não esqueçamos que a população mundial já está em torno de 7 bilhões de
pessoas, que 830 milhões passam fome e
aproximadamente 1 bilhão são mal alimentadas. Portanto, a perda de terras
agricultáveis trará no futuro consequências danosas e irreparáveis para a
alimentação mundial.
(Luís Leite, dezembro de 2014)