Política sem corrupção
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luis leite
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A
TRISTE SINA DA TERRA DAS PINDORAMAS
No
século XVI, a Europa Ocidental vivia a plenitude das Grandes Navegações e
consolidava-se o Capitalismo Comercial, que se expandiu para outros continentes
no decorrer dos anos.
A
Divisão Internacional do Trabalho (DIT) - característica do sistema capitalista
- ditava que as colônias deveriam fornecer às
Metrópoles produtos primários, trabalho escravo e especiarias. Por sua vez, as
Metrópoles (países ricos) produziriam e exportariam produtos manufaturados.
Em
1500 há o descobrimento do Brasil. Pela sua extensão territorial e diversidade
ambiental viria a ser um grande fornecedor de matérias-primas para os países
ricos.
A
primeira matéria-prima explorada e
exportada para Portugal foi o pau-brasil. Madeira de grande valor da qual se
extraia um corante para tingir tecidos. Foram retiradas milhares dessa árvore
do litoral brasileiro e embarcadas para a Metrópole (estima-se em 2 milhões).
Começa aí a devastação da Mata Atlântica.
Continuando
a sina de fornecedor de produtos primários de exportação para os países ricos,
vieram a cana-de-açúcar e o café. Estava decretada a agonia terminal da Mata
Atlântica!
Surgiram
as Entradas e Bandeiras. Com elas ocorreram o aprisionamento dos índios e a
descoberta de ouro, prata e pedras preciosas, principalmente esmeraldas e
diamantes. Saíram naus abarrotadas desses minérios para Portugal. Iniciou-se
então a depredação de rios, do solo e subsolo do Brasil, principalmente em
Minas Gerais.
Veio
o Capitalismo Industrial a partir do século XVII, o Brasil tornou-se
independente de Portugal em 1822, mas continuou sua sina de fornecedor de
produtos primários. A produção
brasileira mantinha-se organizada em função do mercado internacional comandado
pela Inglaterra e não das necessidades da maioria da população brasileira. O
modelo econômico da época colonial permaneceu intacto: produção agrária,
monocultura, escravista e exportadora. E a Inglaterra - a maior potência da
época - necessitava de muita matéria-prima para vender seus produtos
industrializados, inclusive para o Brasil. Aumentava a devastação do meio
ambiente para atender aos países ricos com produtos primários.
Com
o passar dos anos, a partir do século XX, a Terra das Pindoramas - apesar de
ter se industrializado - especializou-se de vez em suprir os países ricos em
matérias-primas, agora chamadas de commodities, cumprindo à risca seu papel na
Divisão Internacional do Trabalho, já no Capitalismo Financeiro.
O
Brasil tornou-se o celeiro do mundo, batendo recordes anuais de produção de
soja, milho, carne, frutas, etc. Mas para isso, devastou os campos do Sul, o
que ainda restava da Mata Atlântica no Sudeste, a caatinga do Nordeste, o
cerrado do Centro-Oeste e no Norte parte da Floresta Amazônica.
Somos
também um dos maiores exportadores de minérios, principalmente ferro, manganês,
bauxita e nióbio. Só de ferro, são retiradas e 235 toneladas/ano do nosso subsolo,
especialmente em Minas Gerais e no Pará. Extensas áreas, verdadeiras crateras e
morros naturais são consumidos por máquinas e enviados para países suprirem o
consumo exacerbado de suas populações. E o meio ambiente cada vez mais
degradado aqui no Brasil.
A
ganância dos agropecuaristas e dos mineradores não tem limites. Visando o lucro
cada vez maior, eles não têm a mínima preocupação com as consequências de degradarem os rios, os mares, a vegetação,
o solo e o subsolo do país.
No
último dia 5, no município mineiro de Mariana, tivemos um exemplo da ambição e
do descaso desses empresários e de autoridades governamentais: duas barragens da mineradora Samaco romperam e
despejaram 62 milhões de m³ de rejeitos
de mineração para exportação, soterrando com lama o distrito de Bento
Rodrigues. Foi desabrigada toda a população, em torno de 650 pessoas, são 15 os
desaparecidos e até o momento 8 mortes. A lama fétida tomou conta dos rios da
bacia hidrográfica do rio Doce - um dos maiores dos estados mineiro e capixaba,
deixando de fornecer água potável a
diversas cidades, matando milhões de peixes, destruindo quilômetros de matas
ciliares, tornando o solo impróprio para lavoura. Foi o maior desastre
ecológico dos últimos tempos no Brasil.
Entendo
que já tempo de se repensar esse papel de país exportador de matérias-primas,
antes que sejam exauridas todas nossas reservas e a natureza sucumba de vez à
ganância. Para isso, torna-se necessário investir maciçamente em educação e
tecnologia de ponta.
Luís Leite, novembro de 2015.
O lobo-guará é um mamífero canídeo
endêmico da América do Sul. Vive nos campos do Paraguai, da Bolívia, da
Argentina e especialmente nos cerrados brasileiros.
Alimenta-se de aves, roedores, raízes
e algumas espécies de frutas, em especial a lobeira. Chega a 1 metro de altura,
pesando 30 kg. É o maior canídeo da América do Sul.
Tem hábitos solitários, não formando
alcateias como fazem outras espécies de lobos. Prefere caçar à noite.
A gestação da fêmea dura, em média,
68 dias. Ela dá cria de 4 a 6 filhotes uma vez ao ano.
O lobo-guará precisa de uma área que
vai de 30 a 110 km² para sobreviver. Em cativeiro pode morrer de depressão.
A CAÇA, DOENÇAS TRANSMITIDAS POR CÃES
DOMÉSTICOS, ATROPELAMENTOS E DERRUBADA DO CERRADO PARA FINS DE AGRICULTURA E
PECUÁRIA SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS QUE ESTÃO PROVOCANDO A EXTINÇÃO DO
LOBO-GUARÁ.
Luís Leite,
agosto de 2015.
A onça-pintada é um felino que habita
desde o sul dos EUA até o norte da Argentina.
Espécie emblemática das matas
brasileiras, seu habitat no Brasil ocorre praticamente em todo o território
nacional. Ela tem como território individual de caça aproximadamente 80 km².
A onça-pintada chega aos 2,10 metros
de comprimento, pesa em média 150 kg e sua altura chega a 90 cm. É o terceiro
maior felino do mundo, após o tigre e o leão, sendo o maior do continente americano. Sua
expectativa de vida chega a 20 anos. Ela não mia, emite esturros.
Pelo fato de estar no topo da cadeia
alimentar e necessitar de grandes áreas preservadas para sobreviver, esse
animal ao mesmo tempo temido e admirado que habita o imaginário das pessoas é
um indicador de qualidade ambiental. A ocorrência desses felinos em uma região
indica que ela ainda oferece boas condições para a sua sobrevivência.
É, geralmente, solitária! É um
importante predador, desempenha um papel importante na estabilização dos
ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas. Tem uma
mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em relação aos outros grandes felinos.
Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga, utilizando
um método de matar incomum: ela morde diretamente o crânio das presas entre os
ouvidos, uma mordida fatal no cérebro!
A onça-pintada é uma excelente
nadadora e tem um grande poder de caça. Suas patas lhe proporcionam uma força
extraordinária, o que ajuda muito ao caçar animais como antas, capivaras,
tamanduás, aves, veados, jacarés, cavalos e gados das fazendas, etc.
Durante a época de acasalamento, a
onça-pintada procura um par. A gestação dura cerca de 100 dias e pode ocorrer o
nascimento de até 4 filhotes por ano. Os bebês nascem com os olhos fechados
como gatos e enxergam somente após duas semanas de vida. Com três meses de vida
os filhotes começam a sair da toca, para serem ensinados pela mãe e viverem
sozinhos.
Para os indígenas, a onça-pintada é
considerada um animal sagrado. Eles usam sua gordura para passar no corpo das
crianças, pois acreditam que isso lhes dá força. Também acreditam que ao
comerem a gordura da onça, utilizando para isso a ponta de uma flecha, ficam
mais corajosos.
O DESMATAMENTO DAS MATAS PARA A
EXPLORAÇÃO DA AGROPECUÁRIA, O ENVENENAMENTO DOS RIOS, A CAÇA DE ANIMAIS QUE LHE
SERVEM DE ALIMENTO E A CAÇA DA PRÓPRIA ONÇA PELO HOMEM TÊM DIZIMADO A POPULAÇÃO
DESSE ANIMAL, OCORRENDO O RISCO DE SUA EXTINÇÃO. NO BRASIL, PRATICAMENTE JÁ
DESAPARECEU NO NORDESTE, NO SUDESTE E NO SUL. NOS EUA ELA JÁ ESTÁ OFICIALMENTE
EXTINTA.
Luís Leite,
agosto de 2015.
O contato
com o branco desde a colonização e no
afã de propagar a religião católica, os portugueses, através dos jesuítas,
destruíram as crenças culturais do índio.
Os jesuítas
portugueses meteram goela abaixo do índio a cultura europeia com um deus branco
inventado por eles e uma porrada de santos e santas para adoração em detrimento
de suas divindades ligadas à natureza.
Foram
escravizados, catequizados, miscigenados, dizimados e ainda perderam suas terras. Dos
milhões que aqui viviam, sobraram 350 mil. A dívida do branco civilizado para
com o índio brasileiro é alta e pesada demais.
As crenças
religiosas e supertições tinham um importante papel na cultura do índio
brasileiro.
Fetichistas,
os indígenas temiam ao mesmo tempo um bom deus - Tupã - e um espírito maligno,
tenebroso, vingativo - Anhangá, ao sul e Jurupari, ao norte. Algumas tribos
pareciam evoluir para a astrolatria, embora não possuíssem templos, adoravam o
Sol (Guaraci - mãe dos viventes) e a Lua (Jaci - nossa mãe).
O culto aos
mortos era rudimentar. Algumas tribos os incineravam, outras os devoravam e a
maioria, como não houvesse cemitérios, encerrava seus cadáveres na posição
fetal, em grandes potes de barros (igaçaras) com seus pertences, suspensos nos
tetos das cabanas abandonadas ou no interior de sambaquis. Os mortos eram
pranteados obedecendo-se a uma
hierarquia. O comum dos mortais era chorado apenas por sua família; enquanto
que um grande guerreiro era chorado por toda a tribo.
Acreditavam
nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para esses deuses e
espíritos promoviam rituais, cerimônias e festas. Acreditavam na vida após a
morte.
Havia a
figura do pajé que era o sacerdote da tribo, conhecia todos os rituais,
recebendo mensagens das divindades espirituais. Ele também era o curandeiro,
pois conhecia todos os chás e ervas para curar doenças. O pajé é que fazia o
ritual da pajelança, onde evocava os deuses da floresta e os espíritos dos
ancestrais para ajudar na cura.
Luís Leite, maio de
2015.
Mais um crime
bárbaro aconteceu nesta terça-feira, à noite, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona
Sul do Rio de Janeiro, protagonizados por dois assaltantes menores de idade.
O médico Jaime
Gold, 57 anos, se exercitava pedalando quando foi atacado por dois adolescentes
que além de roubarem a sua bicicleta o esfaquearam, sem haver reação do médico.
A vítima foi socorrida pelos bombeiros, mas morreu nesta madrugada!
Os roubos com
faca têm assustado os moradores e turistas do Rio de Janeiro, quase sempre
envolvendo delinquentes juvenis. Nos últimos meses, foram inúmeros os casos como
o de uma turista vietnamita, de 39 anos, que foi roubada e esfaqueada por três
adolescentes perto da Assembleia Legislativa do Rio.
Noventa e oito
por cento da população brasileira é a favor da redução da maioridade penal. Mas
o governo brasileiro e parte dos parlamentares e da mídia continuam a ser
contra! Continuam a ir na contramão da opinião pública.
Notáveis
juristas ainda não tiveram a sensibilidade para perceber que um adolescente de
16 anos de hoje é totalmente diferente ao de 1988. Hoje ele sabe muito bem
discernir o que é certo e o que é errado. Hoje ele é consciente dos seus atos,
portanto deve ser responsabilizado. Ele mata porque sabe que não será penalizado
por tal ato! Ele mata por pura perversidade, já que não será castigado!
Então ficam
esses notáveis juristas e outros pseudoeducadores dando entrevistas contra a redução da idade
penal, alegando que tal medida não vai adiantar em nada e blablablá. E continua
tudo como antes, a matança desenfreada.
O caminho é a
educação? Sim! Mas o Brasil conseguirá alcançar um patamar da Noruega daqui a 200
anos, se conseguir! E até lá como fica?
Não adianta! O
Brasil quer a redução da idade penal para crimes hediondos! O governo que se
vire para construir cadeias diferenciadas, se for o caso! Mas queremos esses
bandidos assassinos juvenis na cadeia!
Luís Leite, 20 de maio de 2015.
Mais de
trinta e cinco mil brasileiros têm as ruas como o lar. Cerca de 80% são homens
em idade produtiva, entre 25 e 59 anos. São pessoas invisíveis, que perderam a
cidadania e carecem de um pouco de dignidade.
Entre os principais
fatores que levam as pessoas a morar na rua são ausência de vínculos
familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência familiar, perda
da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.
A crescente
população em situação de rua no Brasil demonstra a miséria social que se
aprofunda na sociedade brasileira, por mais que o governo negue com números
maquiados.
A falta de
políticas públicas eficientes é negligência do poder público em garantir a
esses indivíduos condições essenciais de sobrevivência.
Os mais
miseráveis estão entre os que mais incomodam politicamente. São estigmatizados
como perigosos socialmente por serem os que não participam da geração de
riquezas e comprovam cabalmente a incompetência dos governantes perante o problema.
Os
moradores de rua pouco usam os serviços públicos básicos, vivem à mercê do
Estado e são invisíveis para a sociedade civil. Para sobreviverem, buscam
alternativas para o banho, as necessidades fisiológicas, a alimentação e o vestuário. Vivendo literalmente nas ruas e
dormindo sobre trapos e papelões num permanente pavor da violência de assemelhados, de exterminadores
de mendigos e até de policiais. Constroem
nas ruas suas próprias histórias, talvez não como desejariam, mas por imposição
da dura realidade em que vivem e, quiçá, pelos fantasmas do passado, quase
sempre movidos a desastres familiares.
O recente
fechamento de quatro mil vagas em albergues no centro de São Paulo,
concentrando o atendimento em bairros da periferia, demonstra a inabilidade do
poder público em tratar da situação. Tal decisão tomada pura e simplesmente com
intenção de "limpar" o centro da capital paulista, não levou em conta que a
reciclagem de papel, papelão e outros tipos de material é a principal atividade
de sobrevivência dos moradores de rua.
A falta de
interesse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade. Os
moradores de rua ora são tratados com compaixão, ora com repressão,
preconceito, indiferença e violência.
No Brasil
foram assassinados só no primeiro semestre de 2013 quase duzentos moradores de rua.
Essas mortes, na maioria, foram por espancamentos, apedrejamentos, queimados
enquanto dormiam e à faca. Minas Gerais e Goiás lideram esse ranking macabro.
O poder público deve desenvolver ações que
combatam as causas do problema, não somente medidas paliativas como a
distribuição de comida, roupas e agasalhos.
Éder, de 40
anos de idade, protético, foi para as ruas por alcoolismo e acabou deixando a
esposa, a família: "- Nunca tinha passado por tanto sofrimento. Além de ser
perigoso, viver na rua é humilhante. Temos que arrumar lugar para tomar banho,
fazer as necessidades. Fico sem comer e meu corpo está todo dolorido de deitar
no chão."
São rostos
invisíveis, que não se fazem notar nos corpos sujos e maltrapilhos estirados sobre jornais e papelões pelas
calçadas. São olhares de inocência e de esperança de crianças caminhando pelas
ruas ao léu.
Luís Leite, maio de 2015.
Esta semana, no dia 7, aconteceu em São Paulo mais um crime
estarrecedor! Uma menininha de 9 anos estava tomando banho em casa - no Itaim
Paulista, Zona Leste de São Paulo - para ir para a escola, quando foi
surpreendida por um bandido que a violentou sexualmente e depois matou-a, a
golpes de facão. A mãe da menina havia saído para ir ao armazém para comprar um
lanche.
Esses crimes aterrorizantes estão
ficando cada vez mais corriqueiros no Brasil. No ano passado foram vários
envolvendo crianças como vítimas fatais.
Incrível são as nossas autoridades que
não se sensibilizam com tais crimes. A Presidenta da República se dizia
consternada com o fuzilamento de um traficante de drogas na Indonésia. Nossos
parlamentares não estão nem aí para a segurança do cidadão comum. Dificilmente
uma filha deles correria este risco, já que eles e suas famílias são blindados
em mansões ou em apartamentos cercados por seguranças. Alguns só estão preocupados
com os bandidos, se estão comendo bem,
se estão bem acomodados em suas celas, etc.
Esse monstro de maldades que matou a
menina, ainda está solto. Se for preso e julgado, ficará na cadeia no máximo 7 a 8 anos.
O crime de homicídio hoje no Brasil está
banalizado. Mata-se pelo puro prazer de matar. Todos os dias, temos notícia de
assassinatos de mulheres, na maioria dos casos, por simples ciúmes dos maridos
e de ex-companheiros. Os latrocínios são corriqueiros. No Brasil são 154
assassinatos por dia!
A violência urbana tornou-se uma epidemia no Brasil. 63% dos municípios
brasileiros têm níveis epidêmicos de violência. Cerca de 50 mil homicídios
ocorridos no país por ano, apenas 4 mil (8%) são resolvidos. De 100 apenas 8
são solucionado. Para se ter ideia do problema, até 2007 no país existiam pelo
menos 100 mil assassinatos sem solução.
Sem dúvida alguma, as causas dessa
matança desenfreada que tomou conta da nossa sociedade são a impunidade e a falta
de rigor das penas impostas aos assassinos, quando o crime é desvendado.
A principal causa dessa inoperância é a deficiência na estrutura da segurança pública nos
estados, incluindo aí, número insuficiente de investigadores e peritos,
sucateamento das delegacias com falta de material operacional.
Faltam
leis mais duras para esses crimes hediondos. No meu entender, crimes como o da
menininha de Itaim Paulista, a pena de
morte seria de bom tamanho!
Luís
Leite, maio de 2015
Hoje, 8 de maio, comemora-se 70 anos do fim da 2ª Guerra Mundial, data
em que os aliados derrotaram a Alemanha nazista, encerrando os conflitos no
continente europeu. Mas no Extremo
Oriente a luta continuava, com o Japão lutando contra os exércitos aliados.Só
encerrando a guerra com o lançamento pelo EUA de bombas atômicas em território
japonês, em agosto de 1945.
Conflito militar de escala global, a
2ª Guerra Mundial foi a mais sangrenta luta da história que envolveu países de
todos os continentes e durou de 1939 a 1945. Resultou do choque de interesses
entre as nações após o fim da 1ª Guerra Mundial e das pretensões da Alemanha de
ampliar o seu poderio na Europa e, depois, no mundo. Terminou com a destruição
do III Reich de Adolf Hitler, com o declínio das nações da Europa e com a
emergência de duas superpotências mundiais, EUA e URSS, que passariam a
disputar o controle do planeta, na Guerra Fria.
Os mortos da guerra são estimados em
quase 50 milhões, a maioria civis. Nos campos de trabalho forçado, concentração
e extermínio foram mortos 6 milhões de judeus e 4 milhões de comunistas,
homossexuais, eslavos, ciganos e portadores de deficiência física e mental
pelas forças de Hitler, em um dos maiores genocídios da história.
As duas facções envolvidas no
conflito foram o Eixo, pacto formado por Alemanha, Itália e Japão, contra os
Aliados, constituídos pela França, Reino Unido, EUA, URSS e China.
Os fatos mais marcantes do conflito
foram o extermínio ocorrido nos campos de concentração da Alemanha que matou
milhões de judeus, ciganos, homossexuais e pessoas portadoras de deficiência,
inclusive crianças, mulheres e idosos. Extermínio esse que foi calcado nas
ideias insanas de Hitler que a raça ariana era superior às demais e precisava
exterminar os "impuros" para não "contaminar" a pureza da raça alemã.
O outro fato relevante foi o
lançamento da primeira bomba atômica pelos norte-americanos sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945,
matando 100 mil pessoas. Três dias depois, outra bomba é jogada em Nagasaki,
causando 70 mil mortes. Era uma demonstração da nova força bélica: a era
atômica! No mês seguinte o Japão rendeu-se aos Estados Unidos! Era o fim da
Segunda Guerra Mundial e Hitler suicida-se!
Luís Leite,
maio de 2015.
Nas grandes cidades, a produção
diária de lixo é enorme. São Paulo, por exemplo, produz mais de 15 mil
toneladas por dia. Isso gera um sério problema ambiental: o que fazer com essa
montanha de lixo que é produzida todos os dias?
No Brasil são geradas em torno de 240
mil toneladas de lixo por dia. Somente 2% são recicladas, portanto 88% (211 mil toneladas) vão para lixões e
aterros sanitários. O brasileiro produz em média 1,2 kg de lixo diariamente!
Na maioria das cidades brasileiras o
lixo é simplesmente despejado a céu aberto, em terrenos da periferia, dando
origem aos famigerados lixões. Além de provocar mau cheiro permanente e
degradar a paisagem, o acúmulo de dejetos cria condições propícias para a
proliferação de ratos e insetos, que comprometem a saúde da população nos
bairros próximos.
O lixo acumulado nos lixões produz na
sua decomposição um líquido escuro e altamente tóxico, impregnado de bactérias,
chamado chorume que se infiltra no subsolo contaminando os lençóis
freáticos e quando chove escorre para os rios comprometendo a água que será
utilizada para o
abastecimento da população. Além do chorume, a decomposição do lixo produz gás
metano que se espalha pela atmosfera
contribuindo para o efeito estufa.
A produção de bens e o consumo humano
exacerbado agridem a natureza duplamente: primeiro sugam os recursos naturais,
que são finitos; depois devolvem para a natureza um volume imenso em forma de
lixo, que vai poluir o ar, o solo, os rios e oceanos, degradando o meio
ambiente.
Precisamos diminuir o consumo
supérfluo. Mas o que resolveria o problema é quanto ao tratamento e
reaproveitamento do lixo.
No Brasil se implantou em alguns
aterros sanitários a captação de gás metano para geração de energia. Com 30
toneladas de lixo por dia se produz energia suficiente para atender 20 mil
habitantes.
Além de gerar energia, o
reaproveitamento dos resíduos sólidos contribui para mitigar o impacto sobre o
meio ambiente, possibilitando reciclar papeis, plásticos, vidros, metais, etc,
o que gera empregos e minimiza problemas de saneamento e saúde pública e temos
como subproduto o adubo orgânico.
Se todo o lixo enviado aos lixões no
Brasil fosse reciclado, haveria uma economia de cerca de R$ 8 bilhões ao ano,
conforme estudos do IPEA, em 2010.
Desta forma, o aproveitamento
energético de resíduos urbanos se mostra como uma alternativa extremamente
eficaz na minimização dos problemas. Seja através da captação do gás metano
para geração de energia, seja a incineração direta do lixo em usinas
termoelétricas, para a produção de eletricidade.
Luís Leite,
maio de 2015.
Ontem, 4 de maio, o Ministro da Saúde
Arthur Chioro confirmou que estamos vivendo uma epidemia de dengue no Brasil!
A dengue é uma doença tropical
infecciosa causada por um vírus e transmitida por mosquito. Os sintomas são
febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares e erupções cutâneas. Em
uma pequena proporção, a doença pode evoluir para dengue hemorrágica que pode
levar o paciente à morte.
O transmissor da dengue, o mosquito
Aédes aegypt, tem origem africana e foi
reconhecido pela primeira vez no Egito - daí o seu nome. Ele chegou ao Brasil
nos navios negreiros e se reproduziu nos depósitos de água dos barcos nas
viagens da África para cá.
As primeiras referências à dengue no
Brasil remontam ao período colonial. Em 1865
foi descrito o primeiro caso de dengue no Brasil, na cidade de Recife.
Sete anos depois, em Salvador, uma epidemia da doença matou 2.000 pessoas. Em
1846, a dengue é considerada como epidêmica, atingindo vários estados como São
Paulo e o Rio de Janeiro. Até 1916, em São Paulo ocorreram várias epidemias da
doença.
No início do século XX, em 1903, Oswaldo
Cruz implantou um programa de combate ao mosquito que se prolongou por anos. O
medo na época era a epidemia de febre amarela. O Aédes chegou a ser erradicado
no Brasil na década de 1950. Retornando a partir de 1980.
A intensa e desordenada urbanização do
Brasil, com o crescimento caótico das cidades, somando-se com as pífias
políticas públicas de saúde foram determinantes para o ressurgimento da dengue
no país na década de 1980.
A falta de esclarecimento e cuidados da
população aliados ao descaso do poder
público nos investimentos em saneamento básico, como o fornecimento regular de
água e coletas de lixo e esgoto foram fundamentais para a proliferação do
mosquito vetor da doença.
No primeiro trimestre deste ano com
relação ao mesmo período de 2014, houve um aumento de 240% dos casos de dengue
no Brasil. Até o dia 18 de abril já foram constatados mais de 740 mil casos da
doença, com 229 mortes.
Não existe vacina para a doença, mas no
Brasil estudos já estão bem adiantados pelo Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de
Janeiro.
A melhor forma de não se contrair a
doença, portanto, é a participação maior da sociedade na prevenção, combatendo
os focos de criadouro como lixo e água
acumulados nas residências e locais de trabalho. E o governo fazendo a sua
parte investindo mais em saneamento básico e no combate mais eficaz ao
mosquito.
Luís
Leite, maio de 2015.